Otoni alerta sobre a intenção do governo em incentivar a venda de planos de aposentadoria privada

Rubens Otoni participou neste sábado (11), do lançamento da Chapa Ceilândia – Unidos Somos Mais Fortes, no escritório político do deputado Chico Vigilante, em Ceilândia. Na ocasião, ele falou sobre os reais objetivos das propostas de Reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer. “O governo quer retirar direitos trabalhistas e incentivar a venda de planos de aposentadoria privada”, afirmou.
 
Como membro titular da comissão especial na Câmara dos Deputados que discute a Reforma da Previdência, Rubens avaliou que com a proposta do governo de ampliação para 65 anos do tempo mínimo para requerer a aposentadoria, muitos brasileiros irão procurar planos de previdência privada junto aos bancos. “Na prática, o governo tenta fazer mudanças na legislação para favorecer setores privilegiados do empresariado, desequilibrando a relação capital/trabalho e assim abrindo espaço para aprofundar a desigualdade social e favorecer o aumento da oferta de previdência privada pelos bancos”.
 
“Nestes quatro meses, apenas com o debate a respeito da reforma da previdência, aumentou em mais de 60% o mercado dos planos de aposentadoria privada. Eles querem privatizar a aposentadoria dos brasileiros”, avaliou. Conforme Rubens, o governo também quer ampliar para 25 anos de contribuição o tempo mínimo para requerer a aposentadoria proporcional e, para estarem aptos a receber a aposentadoria integral, o trabalhador terá que contribuir por 49 anos.
 
Segundo o deputado, na prática, essa ampliação do tempo de contribuição vai acabar com as aposentadorias dos brasileiros. “O trabalhador teria que começar a contribuir com 16 anos e não ter nem um mês sequer sem contribuição para receber a aposentadoria integral”, frisou e acrescentou: “as reformas da previdência e a trabalhista são um verdadeiro pacote de maldades contra o povo brasileiro, especialmente, com os mais necessitados, mulheres e trabalhadores rurais”.
 
Rubens Otoni ressaltou também o descaso e a discriminação contra as mulheres na proposta do governo. “Não há igualdade na distribuição do salário, mas na hora da aposentadoria, querem igualar as mulheres”, criticou. Ao falar sobre a quebra da previdência divulgada pelo governo, ele afirmou que está informação não procede. “O parlamentar se vale de um estudo apresentado por fiscais federais, responsáveis pela arrecadação, demonstrando superávit nas contas da previdência brasileira e que o ideal é que se aumente o superávit da previdência cobrando mais das empresas que não pagam, ao invés de tirar dinheiro das pensões das viúvas”, assegurou.
 
“Esta proposta do governo é um gravíssimo ataque aos direitos da população brasileira. O governo quer transferir para os trabalhadores uma conta que não é deles. O governo quer fazer ajuste à custa de cortes de investimento nas áreas sociais e privilegiando por outro lado o gasto com pagamentos da dívida pública”, finalizou.

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