Na manhã da última sexta-feira (16), o deputado federal Rubens Otoni concedeu entrevista exclusiva para a Rádio 730, em Goiânia, onde criticou às medidas da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos, aprovada na Câmara e Senado Federal. Segundo Otoni, que é da bancada de oposição ao governo, às medidas não contribuem para superar a crise, e representam um desastre na economia nacional.
O parlamentar foi um dos 137 que votaram contra o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no plenário da Câmara, no mês de abril deste ano. Otoni ressaltou que a saída da petista à frente do Executivo não tirou o país da recessão.
“Falava-se que o problema era a Dilma, o PT, que se tirasse a Dilma, a situação econômica estaria resolvida. As medidas que estão sendo tomadas aprofundam ainda mais a crise porque hoje nós temos um governo que é subserviente aos interesses do sistema financeiro internacional”, ponderou.
Reforma da Previdência
Uma das principais mudanças propostas pelo governo é a que fixa a idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Para o deputado essa proposta não será aprovada no Congresso, uma vez que o governo de Michel Temer “não tem legitimidade para isso e cada vez tem menos condição de aprovar matérias”.
Governo Temer
Ainda durante a entrevista, Rubens Otoni teceu críticas ao presidente interino Michel Temer (PMDB). O parlamentar reforçou a tese de golpe com o afastamento de Dilma, disse que o peemedebista não fica à frente do país por muito tempo e que a base de Temer no Congresso não lhe garante estabilidade.
“Está imprevisível em Brasília. Estamos vivendo o momento mais turbulento, inseguro e de maior instabilidade, eu diria até das instituições, desde a ditadura militar. Por isso, vejo que ele (Temer) não tem condição nenhuma de se sustentar porque não tem a legitimidade popular. Ele não veio das urnas, não tem voto. Ele chegou ao poder através de um golpe parlamentar”, destacou.
Ele também lembrou que nas últimas pesquisas a popularidade de Temer teve uma grande queda. “A credibilidade junto à população é cada vez menor. Os índices de popularidade do Temer são menores do que a da presidenta Dilma no seu pior momento. Última pesquisa de domingo (11) do Datafolha diz que 63% da população querem o afastamento do presidente e eleições diretas. É um governo que eu não vejo futuro nenhum para ele”, aponta Otoni.
Confira a entrevista na íntegra aqui.
Comunicação Deputado Federal Rubens Otoni